quinta-feira, 28 de julho de 2011

Exalando shake de amor até pelos pentelhos.

20110723-DSC_2899-1 Foto: André Salgado

A Music Box tremeu com a apresentação da Banda UÓ na festa Mind The Gap, na passagem do trio por Fortaleza neste último sábado, 23. A galera da casa cantou em coro e dançou em ritmo de eletrobrega e mesmo aqueles que ainda tentavam resistir, não tiveram como não se contagiar com toda a energia daquela noite. No final da apresentação, depois de me esgoelar o show inteiro, conversei rapidinho com eles às pressas antes do seu vôo pra Natal.

SDC11784-1 @davisabbag, @candymel, eu né e @mateuscarrilho.

Vocês lançaram o EP recentemente. Qual o próximo passo da banda?                                Davi: Lançar o álbum de músicas autorais.                                                                          Mateus: A gente quer lançar até o final do ano.

No futuro pretendem flertar com outros estilos de música ou vão manter a linha do eletrobrega?                                                                                                                      Mel: Sim. A medida que a banda for crescendo a gente quer flertar com outros estilos e não ficar só restrito ao eletrobrega.

Pensam em cantar em inglês pra chamar a atenção dos gringos?                                     Davi: A gente já tem uma música em inglês.

Vocês são de Goiás e admitem gostar de ritmos nacionais. Qual a relação de vocês com o sertanejo?                                                                                                                          Davi: A gente cresceu escutando sertanejo. Eu gosto de sertanejo de raiz. Mas assim, esse sertanejo novo a gente não gosta muito não.

Qual banda nacional vocês gostariam de abrir um show ou fazer uma apresentação conjunta?                                                                                                                          Mel:Ai,Calypso.                                                                                                                 Davi: Banda Batidão.

Teve boatos de que a Mel é a nova rainha do brega, desbancando nomes como Beyonce do Pará, Joelma e Stephany. Como lidar com este lado da fama, Mel?                                                                                                                                        Mel: Eu não lido, na verdade, rs. Por enquanto isso pra mim é tipo... são pessoas que eu conheço o trabalho a muito tempo e eu não posso falar que sou melhor que elas de forma alguma.

Uma diva nacional - ou anti-diva UÓ:                                                                             Todos: Daniela Mercury

Uma figura pública uó (no sentido literal da palavra):                                                   Todos: Bolsonaro

Público de Fortaleza:                                                                                                          Todos: Maravilhoso

O que o Mateus vai fazer depois daqui?                                                                       Mateus: Depois daqui? Eu vou pegar o avião e ir pra Natal.

 

Ainda não conhece a Banda UÓ? Calma, eles estão causando mas o sucesso é recente. Não vou me estender muito, só deixar os últimos trabalhos da banda ai, que falam por si só:

 

Latest tracks by Banda UÓ

Se você é do tipo que não gostou por razões que implicam "brega, extravagância" ou qualquer outro motivo besta, acho que você deve deixar de frescura e olhar de um ponto de vista diferente. Os meninos são no mínimo divertidos e, dentro deste cenário ávido de expressão que é o pop nacional, um sopro de criatividade.

Venha tomar shake de amor e seja mais um UÓ lover. ♥

terça-feira, 5 de julho de 2011

É desse jeito que está. Tome uma posição!

 

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É mudança chegando, dinheiro faltando... tanta confusão. Mas a vida sempre consegue meter o homem em mais alguma cilada, como se o que já existe não fosse o suficiente.

A gente corre tanto de um canto pro outro, tanta coisa a se fazer, pra que inventar de se apaixonar, preocupar-se com outrem?

Tem mais o que fazer não meu fí?

E o pior de tudo isso - isso sim é bem pior: não 'tô curtindo a ansiedade boa da espera pelo início das aulas do MELHOR CURSO DO MUNDO!

Atribulações demais, preocupações demais, fiquei adulto demais.

E expectativas que é bom, de menos.

E sexo que é bom... oi?

 

Havia feito até planos de sair com ele neste último mês, tinha planejado tudo já. Sabe, há quem diga que sou um bom namorado de um mês.

Iríamos à praia neste fim de semana com os amigos do meu curso, talvez cinema, talvez até uma noite aqui em casa.

Ele liga de madrugada e pergunta: pensou em mim hoje?

Eu, um molusco que só tem tinta na cabeça, entrego: claaaro.

Deus, isso é tudo o que não quero e preciso. Preciso de foco, concentração, expectativas, vender minhas camisas, juntar dinheiro e partir. Paixão agora não.

Mas carência em minha vida é uma característica gritante, assim como ser mal humorado, sem carisma e gay. Carência é pior que união de sinceridade com álcool. É uma desgraça!

Eu sempre penso que existe o pior, e existe. Mas é desolador procurar entre milhares, e desses destacar os interessantes, retirar os que valem a pena, encontrar os que tem o mesmo interesse que você e por fim, interesse em você. Por sorte, encontra um.

Bem, acha que encontra né?! Porque na hora de partir pra vida real, parece que a estória está sendo escrita em papel carbono, e nada acontece de fato.

 

‘Tá sono, ‘tá tarde e ‘tá frio. Hoje já é o amanhã de ontem. Por pior das perspectivas pessimistas, já é outro dia e não mudou nada. Será mais um dia que, ocupado, penso "nem ligo mesmo". Já a noite, sozinho, morro no "eu querooo, e como...". E acabo me importando, enquanto tenho uma pilha de “o que fazer” me esperando na mesa da sala e outra de "o que não me preocupar" sobrepondo a primeira. Dá uma força aqui?!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

SEX’N’ROLL

 

Quem nunca teve um ídolo quando foi adolescente? Uma figura que pudesse ter como referência, seja em atitudes, idéias, estilo de vida ou mesmo por modismo?

A maioria dos meus ídolos particularmente eram os líderes de bandas de rock (exceto alguns casos). Não que eu gostasse menos do resto da banda e olhasse só pra eles, mas é aquela coisa né? São eles quem tomam a frente, ficam mais em evidência...

Às vezes, como sou muito nostálgico, fico saudoso por esse tempo. Tudo era tão divertido e ingênuo [HAHAI] , e eu só via esses caras como meus "heróis" que cantavam músicas identificáveis, que pareciam terem sido feitas pra mim.

Mas como eu cresci e nada é durável pra sempre, a história hoje é bem diferente. A idéia lúdica daquele tempo deu lugar a uma visão, diria que mais, "criteriosa e devaneadora", rs.

E seguindo essa idéia, criei uma lista, aleatoriamente, de alguns dos meus favoritos, e relacionando-os com a minha ideia a respeito deles hoje em dia. Um deles já não nos dá mais o ar de sua graça por aqui. Os demais, bem, alguns continuam irretocáveis; já outros, o tempo definitivamente não fez bem, porque assim como eu cresci, o tempo também passou para eles. Então…

 

Scott Stapp:

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Quem não se lembra das letras sofridas e meio cristãs do Creed? Eu lembro. E o Scott deixava tudo isso mais leve.
Depois de um tempo desaparecidos, a banda voltou em 2009 com o mesmo som, agradando só a quem é fã assim como eu, e estava saudoso dos tempos áureos deles no início da década. Enquanto ao Scott, adotou esse estilo: cabeleira raspada e assumiu o grisalho. Sei lá, me lembrou o Alexandre Frota que eu vi outro dia. Já que não da pra deter o tempo, poderia ao menos deixar o cabelão né Scott, que sem dúvida era o seu maior charme!

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 Sebastian Bach:

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Aiai, lembro da primeira vez que assisti a um vídeo do Skid Row: achei tudo esteticamente tosco, até a dancinha do próprio Sebastian, menos ele. Sua banda, do início da década de 90, era por vezes comparada ao Guns’n’Roses. Disputas a parte, adoro as duas, mas dentre comparações destaco ainda outra coisa em comum: Sebastian empatava no quesito beleza e sensualidade com Axl Rose. Naquele tempo né? Porque a julgar por hoje em dia, ele, apesar da cara de tio, ta bem mais inteiro, diferentemente do fatídico Axl.

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 Slash:

Mais um daqueles tempos.

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  Todo mundo sabe que ele foi o guitarrista fodão dos Guns'n Roses e que dividia os holofotes com Axl. Tá, mas igualmente ao Sebastian Bach, Slash mantêm-se voraz e com tudo em cima, ao contrário do ex-companheiro de banda, tio Axl, que está bem aquém dos dois. Uma coisa a destacar sobre Slash é simples: ou é ou não é! E ele é muito! A cabeleira característica que mantém desde sempre e o porte de rockstar que sensualizava com as bitches nos clipes das antigas continuam os mesmos. Tudo nele é roxx. U rock, guy!

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 John Frusciante/Anthony Kiedis:

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RHCP, primeira banda de rock que escutei. Preciso dizer muito? Por isso escolhi falar desses dois, que são um show a parte, no mesmo tópico.

Kiedis, um louco legítimo, desses que já entrou e saiu da rehab diversas vezes e que também já se enfiou numa tribo indígena atrás de “conhecimento e paz de espírito”. Puta vocal, original e performático tanto ao vivo quanto nos clipes. Tamanha é sua euforia que não cabe dentro da roupa, fazendo questão de ficar sem camisa na maioria das vezes - quando não totalmente despido - deixando as [BUNITAS] formas a mostra.

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Frusciante por sua vez, era o dono dos riffs de guitarra e dos backing vocais e nem por isso brilhava menos. Estilo largado e voz rouca, saia-se tão bem nas canções solo que gravou uma porrada de álbuns paralelo a banda. A banda anunciou que voltará em breve, porém sem Frusça, infelizmente. É lógico que o RHCP não será o mesmo sem ele, mas que esses dois formavam uma dupla que se distinguia, disso não há dúvidas.

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Eddie Vedder:

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Sua banda é uma das coisas responsáveis por eu querer ter nascido alguns anos antes pra ter visto no tempo certo. CA-RA-LHO, como eu sou alucinado pelo Pearl Jam: energia, presença, letras, música e MÚSICAS que me deixam extasiado até hoje; e claro, o vocal inconfundível dele.

Eddie ainda mantém um pouco daquela vibe de “garoto largado” embora que hoje, como havia de ser, esteja mais comedido que nos tempos de grunge, mas sem perder totalmente a velha avidez, que ainda é a mesma.

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Brandon Boyd:

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Tenho que #prontofalar de uma vez: exala sex appeal até pelo dedão do pé! O clipe que mais adoro ver do Incubus é “drive”, apenas porque Mr. Boyd está exageradamente sex no auge de toda sua magreza exoticamente bela. Dando uma pesquisada por imagens dele hoje em dia, encontrei um Brandon sob efeitos do tempo, levemente diferente daquele da época do clipe citado acima. Quero dizer, mais AMADURECIDO! Brandon, seu lindo, obrigado por fazer minha adolescência mais alegre com vossa existência enquanto o tinha em um pôster de duas páginas e cantava incessantemente “wish you here”. E continue lindo!

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 Daniel Johns:   Daniel Jovhns

  ‘Ta ai um exemplo de alguém que o tempo só realçou. Daniel Johns de pirralho-loirinho-esguío, a um homem de uma beleza misteriosamente fascinante e enigmática. É líder de outra das bandas pioneiras em minha vida.

A medida em que o Silverchair crescia, Daniel consequentemente evoluía como líder, pois sempre foi a mente criativa por trás da banda. E eles cresceram tanto e apareceram mais ainda que se perderam no tamanho de sua grandiosidade. Hoje, provavelmente devem estar perdidos lá pela Austrália. Como consolo, ao menos o Daniel continua irretocável.

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  Cris Cornell:

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  Esse poderia ganhar o prêmio “ O Melhor ao Longo do Tempo” !

Sua carreira é uma icógnita. Por outro lado, ele que foi da turma de Seattle, de grunge mesmo só ficou a lembrança do início da carreira. Ao contrário dos demais noventistas, ele chegou aos dias de hoje sem aquela cara de tio. Pelo contrário, o cara só ascendeu de lá pra cá. Continue assim Cris, pra alegria de seus fãs.

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  Michael Hurtchence:

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  Vocal de uma das maiores bandas dos 80’s. Ícone de sensualidade, forte presença de palco e dono de um sex appeal escancarado e espontâneo que ele sabia usar sem forçar. Mas nem tudo foi apenas charme na vida de Hurth. Infelizmente, após os últimos anos conturbados de sua vida, ele sai de cena em 1997 pra distribuir simpatia lá do outro lado, deixando o mundo com uma beleza a menos. De qualquer forma, suas qualidades são incontestáveis e como ele se foi lindo, eternizou-se lindo.

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sia – We Are Born

Faz tempo que quero postar isso, mas como só voltei com o blog agora, aproveito pra fazê-lo.
Neste ano, Christina Aguilera retornou ao mundo pop e, polêmicas e divagações à parte, exibiu um excelente trabalho. Chamou um combo de produtores, compositores e amigos, alguns nomes conhecidos, outros certamente novos para o público, pra ajudar no seu então,
lançamento. Entre estes nomes estava Sia Furler.

sia

Xtina revelou ser fã e amiga pessoal de Sia, convocando-a para participar do time que trabalhou em Bionic. Sia é responsável pelas faixas All I Need, I Am, Stronger Than Ever e You Lost Me, esta última, 2º single do álbum. Curiosamente, Sia também foi convidada a trabalhar no próximo álbum de Britney Spears, além de ter uma música na trilha sonora do filme Eclipse.

Sia  05

Tendo o seu nome entre os créditos de tanta gente influente, Sia ganhou certa notoriedade às vésperas de lançar seu recente trabalho. Mas sua carreira não começou ontem, tampouco esta é  sua primeira colaboração com outros artistas.
Sia é australiana, mas mudou-se para o Reino Unido, já emprestou sua voz à banda
Zero 7, sua música "Breath Me" já serviu de trilha tanto pra uma série quanto pra inúmeros filmes, e fez dueto com Beck no penúltimo trabalho dela.
Em sua discografia, traz 5 discos. O mais recente (e o único que ouvi), lançado em julho deste ano,  abre com a agitada "The Fight" de onde tirou o título do disco, We are born. "É a minha favorita. Faz-me querer fazer socos de ar, dá-me sentimentos Karatê Kid", disse em entrevista.
We Are Born mostra dois lados fortes de Sia: após começar com quatro musicas divertidas e jogadinhas, ela alterna com as introspectivas, e impressiona como agrada das duas formas. O álbum inteiro é muito bom,é daqueles que não dá vontade de passar nenhuma faixa.
Na empolgação, eu sinto uma vibe, um certo flerte com disco music, mas não chega a tanto, porque a musica tem uma inclinação pro rock, mas é pop sem deixar de ser índie.

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É difícil ressaltar uma ou outra música, mas, depois das quatro primeiras, outra que não sai da minha cabeça é, "Cloud". Ah, e o cover de "Oh Father" também, dramática na versão de Madonna, ganha uma interpretação suave e tão legal quanto a original, dá o desfeche do álbum.

A estética dos clipes é um show à parte. Mantem o mesmo clima, colorido e descontraído. Clap Your Hands foi o 1º single:

You’ve Changed, 2º single, é tão tosco-fofo quanto o 1º:

Com um talento inegável pra compor, Sia tanto sabe descontrair, quanto vagar por baladas emocionantes, mas nada que beire o drama, pois Sia é pra cima, Sia é feliz, é pop do bom. Despretensiosa, alegre  e não desaponta.

Clique na imagem para baixar o cd

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terça-feira, 31 de agosto de 2010

O Exercício Exorcizador

 

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Molhei meu rosto. Olhei-o de volta no espelho e percebi pequeníssimas fissuras na parte superior da face, assim que deixei a escova no lugar. Estou com os cabelos maiores, e não há mais barba alguma por fazer, não gosto mais. Circulei pela cozinha e em cima da mesa ainda estava a cerveja que ganhara de Leda no dia anterior e que fiz questão de degustar até o último respingo do sabor do lúpulo.

Retorno ao quarto com uma xícara de cappuccino na mão. Vejo novamente meu reflexo, desta vez de corpo inteiro no espelho enorme que comprei, uma semana atrás. O quadro do Cristo com A Virgem, da minha irmã, dançando na parede movido pelo ventilador turvo, incitava um ruído, interrompendo o silêncio das horas e fazendo-me lembrar que já passara das tantas de dormir.

Sábado de carnaval, clima coercitivo, foi inevitável não pensar em voltar. Tentei recordar de onde parei. Acho que no meio de uma frase que simulava um ato de um conto pseudo-dramático shakespeariano. Vi que não poderia continuar dali, não havia razão. Resolvi dar-lhe um ponto e seguir o roteiro, no entanto, agregando outras temáticas ao enredo, como a rotina, foi o que pensei.

A rotina. Por mais que as coisas pareçam iguais, elas nunca são estáticas. Houve tantos atropelos, aversões, evocações, perspectivas, e outros tantos por fazer. De concluído mesmo, só o presente inútil que dei a mim de voltar a ter medo das coisas. Todavia, venho sentindo com furor a dosagem dos 21 anos e os efeitos benevolentes e contrários que vem com eles.

Não sei quanto vai durar o regresso. Será breve ou extenso? Sendo fugaz, mal dá tempo de se expor, logo não se faz necessária a defesa. Por outro lado, a continuidade requer o exercício, que acarreta o aprimoramento. Num, eu me escondo, noutro eu alforrio, em partes, os fantasmas. Um atrai, o outro excita. Bom mesmo seria permear pelos dois. Depois da excitação seguida da atração, alcançar o regozijo, excretando o mal advindo da desolação, exorcizando assim o rancor resultante das perturbações.

Sem veemência a nada, por enquanto, vou só mantendo meu bom rancor, pois sem a velha animosidade o vigor expira...

E tomando o meu café com leite, que neste exato momento é o que me conforta e me faz companhia.

 

Fev/2009

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